domingo, 13 de novembro de 2011
Diário dos Workshops no RS - Outubro 2011
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Diário do Hangar - Setembro e Outubro 2011
Audição do novo CD
Começamos setembro exatamente no dia 09. Escolhemos algumas pessoas para irem até o Estúdio FX e conhecer o novo CD e o clip de "Haunted By Your Ghosts". Foi um dia bem corrido. Compramos alguns comes e bebes e chegamos ao Fx Studios às 17hs. Pelas 19hs, os convidados começaram a chegar. O estúdio capitaneado pelo grande Durval Gama tem vários ambientes, porém o local da audição tornou-se pequeno para acolher tanta gente. Estavam lá vários amigos como o Théo Vieira, Daniel Piquê, João Duarte, Marina Dickinson, Vanessa Dói, Carol Angeli, Appolo Moreira, Adair Daufembach, Ana Soncin e Simone Borges, Gibão e Natália Lett, além dos ganhadores da promoção para ouvir em primeira mão o novo CD, que foram a Damaris Silveira e o Júlio, a Pry Gianotti e o Guilherme Kobayoshi, o Filipe Prado, o Junior Wendland e a Simara Fiorelini Wendland, o Leonardo Sampaio e a Salete Salles, o André Murbach e a Sam Godoy. O Aquiles começou a noite falando muito bem sobre a situação e muitas pessoas que estavam ali presente não sabiam da saída do Humberto e muito menos da presença do André. Após ouvirmos cinco músicas o Aquiles chamou o André e o apresentou causando uma surpresa geral no pessoal. O ambiente que já era de festa ficou ainda mais legal com a participação e empolgação de todos que se encontravam no local. Era muito legal ver as pessoas aceitando bem o CD. Após a audição fomos todos para terraço do estúdio saborear os comes e bebes preparados anteriormente. Ficamos conversando muito com todos que expressavam as suas surpresas e também toda a empolgação com essas mesmas surpresas.
Ensaios
Após o dia 09, nos reunimos na sala onde o Aquiles costumeiramente ministra aulas, no Instituto Fabiano Manhas, para os primeiros ensaios com a nova formação. Eu estava realmente apreensivo, pois nunca havia tocado com o André. Gravar é uma coisa totalmente diferente. Sabia da responsabilidade que seria, já que são dois sets diferentes, acústico e elétrico. Para os demais integrantes que já estão acostumados, tudo bem, mas o André com certeza teria uma carga maior de responsabilidade e trabalho. Ensaiamos durante três dias alternando entre os dois sets e nos preparamos para a primeira viagem.
Santa Rosa 14/09
O primeiro compromisso da nova formação foi em Santa Rosa, no Rio Grande do Sul. Saímos de São Paulo no dia 13 e percorremos cerca de 1200 km até a cidade onde a Xuxa nasceu. O evento que na realidade era um workshop do Aquiles acabou contando com a presença de toda banda, exceto o André. Achamos melhor ele não se expor no primeiro show depois de tantas horas de viagem. O workshop correu normalmente no teatro da cidade, geralmente ligado a música tradicionalista e regional gaúcha. Após o evento nos dirigimos a um restaurante onde assistimos ao programa "Leitura Dinâmica", da Rede TV, com a matéria sobre o lançamento do nosso novo disco e o clip de "Haunted By Your Ghosts". Comemoramos muito no restaurante vendo a nossa imagem na tela. Foi apenas um dos motivos que não irá fazer a gente esquecer Santa Rosa por um bom tempo.
São Borja 17/09
No dia 15 de setembro saímos de Santa Rosa rumo à cidade de Santo Antônio das Missões. Pra quem não sabe nessa cidade moram quatro dos mais ferrenhos fãs do Hangar e nossos amigos há muito tempo. São eles o Caco Garcia, Diego Garcia, Paulo Rogério Bedengo e o Mauriel Ourique, que têm ligação direta com a história do Hangar desde 1998. EM 99 eu mesmo respondi a uma entrevista para o Caco por carta, já que ele tinha um zine na época. Hoje, após todos esses anos eles sempre nos recebem muito bem. Dormimos na casa do Caco e saboreamos uma grande janta de "pão com linguiça", preparada na casa da mãe do Caco. No final da tarde o Aquiles, o Mauriel, o Telles e eu fomos até a divisa do Rio Grande com a Argentina, bisbilhotar alguns preços e algumas novidades no lado portenho do pampa, mas não encontramos nada que agradasse, além da pobreza que infelizmente assola os hermanos argentinos.
Na manhã seguinte rumamos para São Borja, fronteira com a Argentina. Fomos para o hotel e na parte da tarde fizemos uma sessão de autógrafos na loja Let´s Rock. Foi exatamente nessa sessão que eu comece a sentir que algo estava estranho com um dos meus dentes em tratamento. Como parte do curativo havia cedido, o frio e comida trataram de fazer com que ele inchasse muito. A noite foi pior ainda e no outro dia eu estava com o rosto completamente inchado.
Era a estreia do André e sempre se fica um pouco nervoso nessa situação. O público sabia disso e tratou de deixar a banda bem à vontade. Cantou, brincou e curtiu a noite. Confesso que eu não aproveitei nada porque só queria que tudo acabasse logo para que eu fosse embora apara o hotel. O lado esquerdo do meu rosto estava uma bola e lógico a galera já me mandou um apelido de "fofão", só pra "não perder o amigo". Nesse show estava o Eduardo Cadore, amigo de longa data que acabou fazendo junto com o Caco Garcia a primeira resenha de um show com a nova formação para o blog Road To Metal. Deixamos São Borja no domingo dia 18 e rumamos para Porto Alegre aonde chegamos à noite e dividimos a banda e equipe em dois grupos, ficando uma parte na minha casa em Gravataí e outra na casa do Martinez em Porto Alegre.
Porto Alegre 19/09
Na segunda-feira, dia 19, foi a vez do lançamento do disco e da biografia do Aquiles na Livraria Cultura, situada em um grande shopping de Porto Alegre. Com uma estrutura muito boa para pequenos shows, a Livraria Cultura se diferencia pelo grande acervo que possui, tanto de livros quanto de CDS e ter nossos nesse estoque sempre será importante. Aqui foi a estreia do André, com o set acústico e recebemos na plateia muitos conhecidos, familiares meus, do Aquiles e do Martinez que foram prestigiar. Uma grande presença foi o nosso ex-vocalista Michael Polchowicz, que foi ovacionado pelo público quando subiu ao palco para nos cumprimentar. Após o show recebemos todos no hall da Livraria com muito vinho e petiscos servidos pelos garçons contratados pela Cultura. Acho que muita gente saiu meio tropego nesse dia, mas enfim valeu a festa.
Novo Hamburgo 20/09
Após uma noite bem dormida em casa, seguimos para Novo Hamburgo, a cerca de 30 km de Porto Alegre. No Rio Grande do Sul, dia 20 de setembro é feriado farroupilha. Guardadas as devidas proporções seria o equivalente ao 7 de setembro. O workshow foi uma promoção da loja Toda Música e da Urbann Boards. Inusitadamente o dia amanheceu muito frio para a época e com uma chuva fina incessante o que fez com que descarregar o ônibus fosse uma aventura terrível. No final tudo certo e foi um grande evento com a presença de muitas pessoas de várias cidades próximas. Depois na noite uma pequena confusão no hotel fez com que ríssemos muito do acontecido, mas melhor não entrar em detalhes.
Rio Negrinho 21/09
Saímos às 23 h de Novo Hamburgo, direto para Rio Negrinho em Santa Catarina. Seriam 600 km a noite subindo a serra pela BR 116. Até aí tudo bem, mas o que eu não sabia é que o trecho entre Novo Hamburgo e Caxias fosse tão perigoso e com neblina a toda hora. Não há como dormir desse jeito. Alguns até conseguem pelo cansaço, mas geralmente o Aquiles e eu não dormimos. Depois enfrentamos mais um pedaço muito ruim de Caxias até Vacaria com muita serra. No inicio da manhã, lá pelas nove horas já estávamos próximos ao destino e consegui descansar um pouco. Realmente eu sou estressado, fazer o quê? Chegamos a Rio Negrinho, pequena cidade ao norte de Santa Catarina e conhecemos o Juliano que prontamente nos levou ao almoço. Seguimos depois para o local do workshow, que aqui também seria do Aquiles, com minha participação, mas acabamos todos participando, o que deixou o público bem feliz. No final o Juliano acabou convidando a banda a voltar no dia 9 de dezembro para um festival que ele organiza na cidade.
Expo Music 2011
Na manhã seguinte, dia 22, voltamos a São Paulo e nos preparamos para a Expo 2011. Falar sobre Expo é sempre falar em lançamento de CD, pocket shows e encontrar velhos e novos amigos. Desde 2006 temos sido uma das bandas que mais toca neste evento. Com a chegada do CD Acústico, nada melhor que vários pockets shows para apresentarmos oficialmente o André e o disco. Estivemos nos stands dos nossos principais parceiros, Harman, Royal, AMI, Pride e na Lady Snake onde tivemos as sessões de autógrafos. Como sempre todos nossos grandes amigos compareceram. Um dos destaques foi o Mauriel Ourique, nosso grande amigo que saiu de Santo Antonio das Missões para nos ajudar em São Paulo.
Uberlândia 07/10
Chegamos a Uberlândia na manhã do dia 07/10, sexta feira. Foi o nosso primeiro show inteiro no formato acústico após o lançamento do CD. O local chamado Rock n Beer, um pub muito bonito e moderno, estava lotado de vários fãs e amigos. Temos voltado várias vezes a Uberlândia, cidade do triangulo mineiro, próximo à divisa com São Paulo, uma região tipicamente "sertaneja". Desde 2008 acho que já estivemos na cidade seis vezes, o que comprova a teoria de que não interessa onde você esteja, sempre haverá o público fiel do metal. Agradecemos muito a presença de todos os amigos e do Bambi pela organização.
Araraquara 08/10
Saímos de Uberlândia às 5h da manhã e seguimos em direção a Araraquara. Lembro que quando entrei no ônibus falei para o nosso motorista, o Telles, que ele seguisse sempre pelas BRs em direção a São Paulo, passando por Uberaba, Ribeirão Preto e depois dobrando a direita para chegar a Araraquara. Nem sempre é bom confiar somente no GPS. Depois de uma hora de viagem, quando todos estavam dormindo, senti que o ônibus começou a passar por buracos e a trepidar. Olhei lá na frente e vi uma estrada deserta, com buracos e crateras enormes. Fui até a frente e tentei entender o que estava passando. O Telles prontamente respondeu todo sem jeito, naquele sotaque caipira que só ele tem, "uai, o GPS mandou eu dobrar a direita, eu fui...". Naquela altura eu só pensava em uma frase que o Aquiles sempre me repete que diz que não dá pra deixar nada para os outros fazerem, faça você mesmo se quiser que aconteça. Eu não sabia quantos km ainda faltavam para acabar aquele pesadelo. Ignorei o GPS que já não tinha sinal e comecei a procurar a via no mapa. O lugar era completamente abandonado, típica zona rural de plantação de cana com uma longa estrada de asfalto esburacado esquecida pelas autoridades. Como se fosse uma cena de filme de Tarantino, ou algum classe "B" que passa na madrugada em uma TV aberta qualquer, eu torcia para que ninguém acordasse e que eu de alguma maneira achasse a maldita estrada no mapa para calcular quantos quilômetros ainda teríamos que andar. Nada adiantou. Logo em seguida o Aquiles já estava acordado tentando entender o que se passava. Achei a rota no mapa e calculei 20 km de estrada ainda faltantes. Foi o dia que mais temi pelo ônibus. Foram 30 km de estrada abandonada pela civilização com perigo de uma quebra qualquer, sem sinal de celular. Finalmente chegamos ao asfalto normal e seguimos em direção a Araraquara. A lição que ficou é que nunca confie plenamente no seu GPS, ele pode tentar te ferrar mesmo.
O Araraquara Rock é um festival anual na cidade realizado em um teatro de arena muito bonito. Uma concha acústica. Saímos do hotel e seguimos para o local e começamos a montar o equipamento. Na passagem de som tocamos uma música que até mesmo para nós seria uma surpresa. Eu sempre fui um fã confesso de David Coverdale desde os discos com o Deep Purple até chegar à carreira sensacional com o Whitesnake. Aproveitando o timbre de voz do André, o Aquiles sugeriu que tocássemos "The Deeper the Love". Essa música é um clássico lançado no CD "Slip of the Tongue" de 1990 e ficou muito boa na versão do Hangar. Foi um dos destaques do show. Cerca de três mil pessoas compareceram ao evento do qual éramos a última banda a tocar. Para um show coletivo onde seríamos os headliners a falta de atraso nos surpreendeu e o show começou no horário previsto. Muitos amigos comparecerem, o Michel de Paraguaçu, as "irmãs Damaris" rsrs, Pry Gianotti e Damaris Silveira acompanhadas pelo Júlio César e o Guilherme Kobayashi que viajaram de São Paulo até Araraquara para o evento. Voltamos para São Paulo na manhã seguinte, sem antes assistir todo o vídeo da apresentação, onde constatamos nossos acertos e erros, coisas de Hangar...
Ainda em Outubro...
Voltamos para casa e em função de workshops individuais passamos a agenda da banda para novembro. Enquanto o Aquiles carimbava seu passaporte mais uma vez, levando seu talento e música para a Polônia, República Tcheca, Bulgária e Canadá, eu andei lá pelas missões no RS levando um pouco do Hangar para nossos amigos, mas isso é um assunto para o blog Riffmaker em breve.
Voltarei em breve com o mês de novembro e o Dia do Metal Nacional, evento que causou muito assunto na cena.
sábado, 1 de outubro de 2011
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Diário do Hangar - Agosto 2011
Acústico, por que não?
Para escrever o diário de agosto de 2011, voltarei no tempo. Para ser mais preciso, cerca de três ou quatro anos atrás. Logo após o lançamento do TROYC, passamos a incorporar em nosso set um formato acústico. Uma grande parte de nossas composições foram feitas em violões. Por exemplo , "To Tame a Land", "When The Darkness Takes You" e mais recentemente algumas músicas do Infallible nasceram assim também.
Além de dar continuidade a este fato, que faz parte da história musical da banda, achamos satisfatório incluir um formato que pudesse, ao mesmo tempo, ser diferente do set normal elétrico e também pudesse ser apresentado em lugares menores, mais introspectivos como escolas, teatros, auditórios etc. A exemplo do que fizemos depois com o "workshow", abrimos nosso portfólio de apresentações do Hangar com várias possibilidades, ficando a disposição para qualquer tipo de local ou ambiente. O formato acústico faz parte da nossa formação. Eduardo Martinez é Bacharel em Composição e Violão e todos os outros tocam um pouco desse instrumento, além de terem sidos influenciados por bandas e artistas que sempre tiveram essa referência calçada em violões como inúmeros nomes que vão desde Maná, Dave Matthews, os antigos MTVs acústicos, etc etc.
Dentro desse espírito começamos a tocar nosso set acústico em março de 2008. Tivemos até um DVD totalmente gravado nesse formato em maio de 2008, que no entanto não foi lançado por motivos de troca de vocalista. Durante todos esses anos exercitamos o set - e repetindo, fomos influenciados por ele em várias passagens do disco Infallible de 2009. "Based on a True Story" é um bom exemplo disso, além de "Time to Forget" e "Solitary Mind".
O ano de 2011 chegou e recebemos uma proposta de gravação de um registro nesses moldes, por volta do mês de março. O FX Estúdio abriu as portas para que nós gravássemos o disco, coisa que para qual, dependíamos apenas e tão apenas da nossa disponibilidade. Uma ótima ótima oportunidade de darmos sequência a Infallible Tour antes de lançarmos o próximo CD e a próxima tour em 2012. Se a história fosse simples assim, não seria tão longa.
ProblemasNós tínhamos agenda praticamente lotada até julho de 2011. Em alguns intervalos poderíamos começar a gravar e assim foi decidido. Porém, um problema não saia da nossa cabeça. Por volta de abril, o Humberto começou a demonstrar a sua insatisfação com alguns problemas particulares. Como estávamos sempre na correria, conversávamos sempre sobre isso e demos um jeito de ir levando, "empurrando com a barriga". A corda foi esticando e chegou em um momento que tivemos que parar tudo e tomar decisões.
Final de maio nos reunimos para fazer a pré-produção do disco. Refizemos vários arranjos e o Aquiles imediatamente começou a gravar, seguido por mim. Quando se lança um CD, as pessoas em sua maioria não sabem o que isso implica, mas com certeza devem imaginar; envolve uma quantidade de pessoas capacitadas. Engenheiros de som, roadies, produção, horas e mais horas de gravações e muito trabalho. É um trabalho que envolve comprometimento e muito dinheiro, mesmo que às vezes em parceria com alguém. Ou seja, a sua responsabilidade é muito grande!
Saímos para tocar no sul no início do mês de junho. E no dia 12 de junho, na cidade de Osório, após o show nos reunimos e decidimos, em comum acordo, que o Humberto deveria voltar para Manaus depois do nosso último compromisso que teríamos no dia 22 de julho, no SESC Pompéia. A decisão levou em consideração que ele deveria procurar a sua felicidade e nós respeitá-lo quanto aos seus problemas. Foi impactante! O Aquiles até hoje me cobra internamente que eu escolhi todos os vocalistas da banda e sempre acontece alguma coisa e as pessoas acabam indo embora. É claro que eu levo isso na brincadeira, porque eu vejo isso de outra maneira. Eu tenho muita coragem de indicar o cara porque é o melhor para a minha banda no momento. Não há como saber se a pessoa vai apresentar problemas depois, se irá embora, se irá abandonar o barco ou se irá ficar eternamente com a gente. A única certeza que tenho é que nós quatro, que tocamos juntos há cerca de 12 anos, estamos aí, sempre em frente e avante! Eu sei que ninguém tem culpa de nada, as coisas acontecem e as pessoas pensam no que é melhor para elas. Em alguns momentos eu sou bastante rude porque não consigo entender, mas não há o que fazer, somente agradecer o tempo que estiveram conosco e torcer para que as etapas amargas sejam breves para os dois lados.
Gravar com quem?Enquanto o Humberto cumpria suas datas conosco, quebramos as cabeças pensando em quem poderia gravar o CD e como que conduziríamos isso junto aos nossos fãs, já bastante machucados com as nossas intensas troca de vocalistas. Estive em casa durante o mês de junho, quando o Daniel Fernandes e o Rodrigo Batata, nosso engenheiro de som e técnico de bateria, mostraram-me um clip de uma música chamada "Neblim". Uma orquestra e o Eloy Casagrande na bateria e uma grande voz, que até então era desconhecida para mim: André Leite. Chamei o Aquiles e mostrei a imagem. Dois dias depois, o Aquiles entrou em contato com o André e começou a explicar a situação a ele. Já estávamos no início do mês de julho e a gravação de violão e teclados já haviam começado. A situação não era confortável para ninguém.
Durante muitos shows vivemos uma situação de total insegurança. Um vocalista em cima do palco com prazo para ir embora e resolver seus problemas, sem prazo para voltar e um outro no estúdio, prestes a gravar um disco novo com o Hangar. Confesso que o mês de julho foi complicado.
Opinião
Quando eu tinha entre 14 e 15 anos, lembro-me de não entender o porque que o Deep Purple tinha trocado de vocalista e baixista. Alguns discos tinham o Gillan e o Glover, outros o Coverdale e o Glenn Hughes. Eu sei que o fã gosta de estabilidade. Na Europa isso é mais comum. O senso de profissionalismo é muito mais aguçado e as trocas nas bandas são vistas como trabalho e nada mais. Aqui, no país "caliente", a coisa é diferente. As trocas ferem o emocional do cara que gosta da banda, sente-se traído. Como se a banda fosse uma fraude ou qualquer coisa enganosa.
É nessa hora que temos que recorrer ao exercício de pensamento ao contrário. Tentar entender o que a banda passa nesse momento é essencial. Quando aceitamos um novo elemento no grupo temos a sensação de que desta vez acertamos e não há nenhum indicativo de que alguma coisa está errada. A convivência, o tempo , a batalha do dia-a-dia é que fazem a diferença. Se você não está preparado para isso, a fraqueza que é uma inimiga em qualquer circunstância pode ser mortal e desfazer o seu sonho. O sonho da continuidade, no nosso caso, mais uma vez esteve por um fio. Eu posso respeitar o momento do Humberto e dos nossos fãs, mas também tenho que respeitar o momento da banda, das pessoas que estão aqui do outro lado, batalhando, trabalhando, dedicando horas e horas para que o Hangar avance sempre mais. Não há como se esquecer disso, pois aqui só há espaço para a valentia e não antônimos pequenos!
But plugged inDurante o mês de julho seguimos com as gravações do Acoustic. Os arranjos e os timbres ficaram excepcionais! O baixo para mim, claro, foi um caso a parte. Sendo um disco acústico ele ganhou destaque com linhas já antigas, algumas novas e outras tantas concebidas forçosamente durante a gravação, indo ao encontro dos novos arranjos de bateria.
Conheci o André e fiquei muito impressionado com sua humildade, muito mais com sua afinação e também com a sua postura como artista; muito pró-ativo. O Aquiles passou quase o mês todo envolvido com a produção, mixagem, masterização, capa, fotos etc. Junto com um time de profissionais de respeito como: o Théo Vieira ( mixagem, arranjos, voz ), Vanessa Doi ( direção de arte do encarte e capa), Renan Facciolo ( fotos ), Ricardo Aquino ( técnico de gravação), Durval da Gama ( FX Estúdio), Natália Lett ( fotos ), Arthur Bevilacqua e Pirata ( making offs ), João Duarte e Marina Dickinson ( sites, artes e myspaces ), Daniel Piquê ( direção de arte dos vídeos ), Heros Trench ( masterização), além de pessoas próximas como a Sônia Paha e sua equipe da Lady Snake, que abraçou esse projeto conosco. São mais de 20 pessoas em sintonia! E é essa junção de ideias e pessoas movidas por um objetivo, que levaram a banda adiante! Foi um alento importante para aquele momento. Passamos a canalizar positividade em volta do processo e de uma data: 10 de setembro.
Última etapaNa última semana de agosto nos reunimos para a última etapa do CD. Gravamos em São Paulo, no estúdio FX o clip de uma música antiga nossa e que será lançada até o final do ano. Daniel Piquê fez um trabalho muito bom com o pouco espaço que tínhamos. Dois dias depois estávamos em São Sebastião do Paraíso, no estúdio do Daniel, onde registramos o clip da música inédita do disco "Haunted by your Ghosts".
"Haunted" nasceu de uma ideia pré-concebida pelo Aquiles que imediatamente musiquei no baixo, seguido pela introdução do Fábio e de um verso com ideias do Theo Vieira e do Martinez. Um trabalho em equipe! Tratando-se de uma música sem guitarra com distorção, o recado foi dado. Ela pulsa para cima, que era o que precisávamos para aquele momento.
FuturoO futuro é o aqui e agora!
Disco novo e vocalista novo!
Nosso trabalho está aí e foi feito de coração. Em 90% dos casos, as pessoas não tem ideia do que acontece dentro de uma banda, portanto fica fácil julgar. Um diário só é escrito após as coisas acontecerem e a vida é cheia de etapas. Nada acontece por acaso. Temos que passar por um momento que nas nossas cabeças não é de incertezas, mas sim de muitas certezas! O que fazemos sempre foi pela banda e pelo melhor para quem gosta dela. Algumas coisas fogem do nosso controle, no entanto se isso acontece, significam que são para o melhor. Não há muros que não possam ser contornados. Nesse curto espaço de tempo nos aproximamos mais ainda e ouvindo a letra de "Haunted by your Ghosts", percebo algumas palavras que eu mesmo teria dito, mas que acabaram saindo da cabeça e dos dedos de Aquiles em seu notebook, com uma sinergia que eu nunca havia experimentado :"I will never let you play with my lifeJust take a breathe and start againA brand new day, never the sameThere is no time to cryWhen you learn to loseThere are no limits in your wayWhen you share a dreamyou don't look back on yesterday..."
Se você entendeu isso, venha conosco! Pois o trem não pode parar e ele anda a alta velocidade!
NM
Revisão e pitacos nos "portugueses", rsrsrs, Van Doi, Jo Frota e Fábio Laguna
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Diário do Hangar - Julho 2011
Goiânia e Jander Tattoo
Começamos nossa aventura de julho na cidade de Goiânia. Já havia estado em Goiânia por quatro vezes, sempre a convite do Pedro, da Hiccup Produções. Nas ocasiões anteriores, acompanhei o Aquiles em dois workshops e fizemos dois shows completos do Hangar no espaço Centro Cultural Martim Cererê. Desta vez fomos convidados para tocar na sétima edição do Tattoo Rock Fest, um festival que reúne tatuagem e muito rock´n´roll. Nosso show seria no sábado e chegamos a Goiânia na sexta-feira, com o intuito de aproveitarmos o dia inteiro para "marcarmos" nosso corpo antes do festival, já que durante ou no dia do evento seria impossível. Essa história começou há cerca de dois anos atrás, quando o Pedro apresentou o Jander Rodrigues ao Aquiles. Jander é um dos mais hábeis tatuadores brasileiros e tem um trabalho reconhecido e elogiado por todos. Sua especialidade é o biomecânico e o Aquiles acabou fazendo uma tattoo com Jander, que passou a fazer parte do nosso grupo de apoiadores. Chegamos ao hotel por volta das 8 da manhã. Após um café e um banho, seguimos em dois táxis para o Jander Tattoo Estúdio. Localizado no décimo andar de um elegante prédio em zona nobre da capital Goiânia, o estúdio é enorme, com várias salas. “Confesso que fiquei meio deslocado, afinal, não sabia como funcionaria o esquema de ‘tatuagem coletiva”, pois éramos cinco, eu, Fábio, Aquiles, Martinez e o Daniel Fernandes, nosso técnico de som, já que o Humberto chegaria à cidade somente no final da tarde e acabou perdendo a sessão. O Jander, acompanhado pela Ravana Souza, veio nos receber muito educadamente deu as boas vindas. O Aquiles já entrou na sala de tatuagem enquanto os demais ficaram na sala de espera conversando com as outras pessoas da equipe que iam chegando e se apresentando. Conforme decidíamos o que iriamos tatuar, a Ravana indicava a pessoa certa para o trabalho. Faziam parte da equipe a Rejane Olig, o Wilson Junior, a Lays Alencar, a Priscilla Lima e a Paula Dame. O Fábio foi o primeiro a falar em algum desenho estilo "maori extraterrestre" e prontamente o Wilson Junior se apresentou para o trampo. Naquela confusão de pessoas, ficamos discutindo sobre os desenhos e a Rejane Olig me ajudou, pesquisando algumas opções na net. Achamos o desenho e a Ravana e a Rejane me disseram que eu deveria esperar a Virgínia Burlesque, outra tatuadora que estava vindo para ajudar no trabalho.
Enquanto eu esperava a Virgínia chegar, fiquei batendo papo com o Daniel e o Rodrigo. Fiquei só olhando de longe o Martinez que, bem como de seu costume, não se decidia quanto a sua tatuagem, ou seja, pra variar, até mesmo no seu desenho imperava a "confusão". Ele queria alguma coisa "old school", e foi a Paula Dame que chegou e tentou entender o que ele imaginava. O desenho era um rosto de uma mulher misturado com guitarra, violão e mais alguns detalhes... Até a "palheta do destino está lá"... Eu olhava e ficava com pena da Paula, que tentava dar o máximo para desenhar todos os detalhes...
O Daniel começou a procurar o seu desenho junto com a Rejane e já era quase meio dia quando finalmente a Virgínia Burlesque chegou. Confesso que eu até estava pensando em desistir. Não estava muito a fim de sentir dor não. Mas logo percebi que a Virginia era uma pessoa bem positiva e me deixou bem à vontade quanto ao desenho. Ela prontamente me ouviu e saiu para desenhar o que seria a idéia dela para a "Ankh" que eu queria tatuar. As minhas duas tatuagens anteriores são um "Yin/Yang" estilizado com os elementos água, ar, terra e fogo e representa o "equilíbrio". A segunda é o "H", símbolo do Hangar e agora a Ankh, que se lê "anaqui" e significa o "símbolo da vida". Tento manter um significado para as minhas tattoos já que elas irão me acompanhar para sempre. Nada contra quem queira tatuar golfinhos, estrelas do mar, cascudos e outras coisas... (huahuahu, piada interna), afinal estes desenhos também devem significar alguma coisa importante para a pessoa. No início da tarde fui para a mesma sala onde estava o Fábio com o Wilson Junior e começamos a sessão. Com certeza a apreensão é grande porque não podemos dizer que "não dói". Realmente a dor, embora suportável, existe. Difícil esquecer a sensação do "álcool" entrando na sua pele depois de duas horas de tatuagem... hauuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu. Enquanto o Fábio, Aquiles, o Daniel e eu já estávamos nas salas "recebendo tinta", acompanhava de longe a Paula ainda tentando terminar o desenho do Eduardo. Enquanto a tarde passava divertíamos com as nossas "dores". Como o meu desenho aparentemente era o mais simples e menor, ajudado pela paciência da minha tatuadora, pude circular pelas salas várias vezes apreciando as caras nada agradáveis de todos... Tatuar é um ritual. A concentração do tatuador na hora em que ele exerce a sua profissão é notória. Brincávamos nervosamente com nossas dores, mas os profissionais estavam lá focados. Às 16hh30 a Virgínia terminou minha tattoo. O Aquiles não aguentava mais devido ao tamanho e ao local escolhido. O Fábio ainda iria ficar até às 23hs00, enquanto o Daniel já estava no final e o Martinez... Bem, o Martinez estava começando a primeira parte do seu desenho.
As 17hs seguimos para a loja da Harmonia Musical onde muito doloridos recebemos vários fãs e amigos como a Thais Sena que largou o trabalho no Santander pra ir até a Harmonia, rs, e a Layanne Cristine, nossa grande amiga de "twitter" e o Tiago Miranda, nosso velho conhecido e amigo. Às 19hs, enquanto alguns voltavam para o hotel, voltei junto com o Fábio, o Martinez e o Daniel para o Jander onde eles tentariam completar as suas tattoos. Saímos de lá às 23hs e apenas o Martinez e a Paula não conseguiram terminar, devido a complexidade do desenho "articulado" por eles...
Foi um dia cansativo, mas produtivo. Tive mais respeito ainda por estes profissionais que desenham na sua pele. Um grande abraço ao Jander, Ravana, Lays, Rejane, Wilson, Priscilla, Paula e a "fada" Virgínia pela paciência. Quem quiser conferir o trabalho deles é só acessar www.jandertattoo.com
Tattoo Rock Fest
No outro dia, sábado, dia 02, o pessoal da equipe saiu cedo para montar nosso equipamento. Enquanto isso eu procurava uma farmácia que vendesse a pomada cicatrizante apropriada para os nossos desenhos. Depois do almoço fomos para o local do show. Um lindo e enorme local chamado Centro Cultural Oscar Niemayer, com um palco, som e estrutura incríveis. Na parte de fora do teatro ficavam os bares e a exposição com vários stands de tatuadores de todo o Brasil, além de roupas, máquinas, livros, tintas e afins. Era uma Expo Tattoo, na melhor concepção das palavras. Tentei acompanhar tudo, mas tive que evitar aquela demonstração em que as pessoas ficam penduradas por ganchos a alguns metros de altura. Foi demais pra mim, mas respeito os caras que fazem.
O show foi muito bom. Estávamos com uma energia boa e o clima de palco, som, luz e público ajudaram bastante. Encontramos novamente nossos amigos Tiago Miranda, Murilo Morais e Thais Sena. O Aquiles fez uma justa homenagem a todos os tatuadores que estavam presentes, em especial aos da equipe do Jander que foram prestigiar o evento e nosso show e encerramos a noite comemorando bastante e carregando nosso ônibus para a volta direto a São Paulo. Foi a quinta vez em Goiânia, mas pelo jeito vamos voltar rápido. A cada desenho você quer mais um na sua pele...
São José dos Campos
Dia 13, "Dia Mundial do Rock", foi vez de irmos a São José dos Campos, cidade próxima a São Paulo. Como já disse em outros diários, tocar no SESC sempre é bom. É uma garantia de você ser bem recebido, qualidade de luz e som. Chegamos e fomos recebidos pela Suely Vieira, responsável pela contratação e programação musical do SESC da cidade. Ela faz um trabalho invejável. Muitos artistas nacionais já passaram pela cidade. Apenas dez dias antes o Flávio Venturini tinha realizado um show ali. O local escolhido para o show foi o Ginásio do SESC, ou seja, um lugar grande, o que nos deixou apreensivos. Seria um mais um "Anvil Day"? Passamos o som e pontualmente às 20hs00 nos dirigimos aos camarins. O show estava marcado para as 20h30 e eu sempre costumo ficar olhando o público. Era noite de quarta-feira com jogo do Brasil na TV, e mesmo assim mais de 400 pessoas compareceram e curtiram o show! Chegar em uma cidade que você nunca tocou e olhar diversas pessoas cantando as músicas da banda é muito gratificante. Sinal de que estamos crescendo como banda. No final batemos papo com todos e nos divertimos com a presença de vários amigos, como o João Duarte e a Marina, que saíram de São Paulo especialmente para o show, o vocalista Lean Van Hanna e o tecladista e fotógrafo William Vankar. Esperamos em breve voltar à região com muitas novidades.
Paraguaçu Paulista
Saímos de São José dos Campos por volta das dez da manhã e seguimos direto para Paraguaçu Paulista. Foi uma viagem longa onde mais uma vez não faltaram os diversos (mesmo!!!) capítulos de "Prison Break", novamente. Lá pelas duas da tarde resolvemos parar para almoçar. O problema que a partir dessa hora é difícil arrumar um local na estrada. Estávamos no meio do nada e paramos em um local que vende artigos coloniais, mel, própolis etc... mas que servia almoço em marmitas porque o restaurante com ar condicionado já estava fechado. Não tivemos dúvida, banda e equipe, cada um pegou uma marmita e almoçou no pátio do local. Os dez bichos comendo sentados no chão em meio às pedras, com garfos e facas de plástico no maior esquema "rural brothers of metal".
Chegamos a Paraguaçu na noite de quinta-feira, um dia antes do show. Fomos recebidos pelo Michel Inzaghi que nos levou direto ao hotel. Conheci o Michel e o pessoal de Paraguaçu quando tocamos em Presidente Prudente em maio, na Virada Cultural. Na ocasião ele me disse que nunca uma banda de metal esteve em Paraguaçu e que um dos sonhos dele era levar o Hangar.
Descansamos bastante e no outro dia cedo a equipe foi montar o equipamento em um lindo teatro na cidade. Ocupamos o dia com afazeres contratuais nos dois cartórios de Paraguaçu, o que rendeu ótimos momentos cômicos. O Aquiles não resistiu a uma placa que dizia "Protesto" e começou a discursar sobre alguma coisa que ele não gostava ou estava insatisfeito... Em cidade pequena, quando chega gente de fora todos ficam sabendo, então a confusão e o bom humor tomaram conta de repartições até então sérias como os cartórios de registros de Paraguaçu Paulista. A noite de sexta estava agradável e fizemos um show muito bom com a presença de muita gente da cidade e de cidades vizinhas como o Pedro Bertasso e a Vivian que vieram de Presidente Prudente para assistir o show e fazer uma entrevista exclusiva com a banda; o Cadu Newsted e o pessoal da TRZ Metal Tour, de Marília. Aliás, o Cadu tá nos enrolando até hoje... Cadê o show de Marília, Cadu? Parabéns ao Michel Inzaghi, um garoto de apenas 21 anos e com uma seriedade e profissionalismo a serem destacados. Não importa a idade ou a falta de experiência, quando a pessoa quer fazer ela faz e ponto final. Michel é uma prova disso. Saímos de Paraguaçu na manhã e seguimos rumo a São Paulo.
SESC Pompéia
Com o adiamento do Araraquara Rock fiquei uma semana na cidade de São Paulo e o Martinez foi para Mococa com o Fábio. O Aquiles está com uma nova sala de aula no Instituto Fabiano Manhas, na zona norte da capital, e aproveitamos para tocar um pouco e ajeitar algumas coisas por lá. Nesta semana recebemos o Inside Your Soul, que não tinha sido relançado desde a sua origem em 2001. Dez anos depois recebê-lo ali, novo, foi emocionante. Um grande período e um grande disco. Sempre falo que a música Inside Your Soul tem o baixo mais difícil de ser tocado em todas as músicas do Hangar. Tocar em São Paulo sempre traz um pouco de preocupação. Show na sexta feira, cidade grande, frio, etc. Mas como sempre tivemos uma resposta de público excelente com a casa cheia. É uma ótima oportunidade de rever os amigos de sempre além dos novos que sempre aparecem. Como sempre a Marina Dickinson e o João Duarte nos acompanharam. Nossa grande diretora de arte Vanessa Doi e a Carol Angeli. O César Pereira e sua mãe que nos acompanha sempre. As irmãs Pry e Damaris, a Simara Fiorelini e o Junior e a Sanedi. Tivemos também o staff da Lady Snake em peso com a Sônia Paha, a Aninha Soncin e a Simone Borges e o Ralf Carlos, todos muito felizes e simpáticos. O grande batera Fabiano Manhas também esteve presente. No show o, Théo Vieira, nosso grande parceiro, nos acompanhou com o violão em quatro músicas.
O final da noite se aproximou e na madrugada fria de São Paulo havia uma sensação de despedida. Embora estejamos sempre em contato sabíamos que os próximos shows somente aconteceriam em setembro. Ao mesmo tempo as novidades e as expectativas para o segundo semestre não saíam das nossas mentes. Plantar, semear, colher fazem parte da vida desta banda... A busca continua e as novidades acontecem. Aproveito pra lembrar, mas de forma um pouco diferente, o que diz a canção daquela banda irlandesa/americana: "Wake me up when september BEGINS..."
Abraço a todos... Até o próximo episódio.
Nando Mello
Revisão e pitacos Fábio Laguna
Fotos Tatoos Mello e Aquiles by Virgínia Burlesque e Jander Rodrigues